“O mundo mágico da impressão industrial” com Diego Drumond

“O mundo mágico da impressão industrial” com Diego Drumond

10-08-21 | Notícias | Faro Editorial |

O mundo mágico da impressão industrial

 Estamos falando há algumas semanas sobre a impressão dos livros, suas diferenças e vantagens, e vou seguir nesse thread hoje – porque a gente sabe que a curiosidade do leitor para saber a “vida” do livro antes de chegar em suas mãos é grande!! Então o papo hoje vai ser sobre a pré-impressão no sistema industrial. Mas Diego, como assim pré-impressão?

Vamos lá!

Antes do livro realmente rodar em gráfica em larga escala, e seguir para as livrarias e pra sua casa, existe uma série de etapas que temos que fazer – internamente, conferindo se todos os planos para o livro darão certo. E na gráfica, já perto do resultado final. Então, em termos técnicos, a pré-impressão é um conjunto de ações que a editora adota após a finalização do arquivo e antes da impressão da arte para verificar se os arquivos encaminhados pelo designer atendem as condições solicitadas pela gráfica. E em português claro e simples, é a hora da gente ver se não vai acontecer nenhum BO na impressão, e corrigir os erros a tempo.

E tudo isso começa quando editorial e designer batem o martelo. Livro tá pronto. Nesse momento, o papel de impressão vai ser definido – e você pode relembrar aqui a escolha da Faro nesse caso – e quais acabamentos teremos, especialmente na capa. E por quê? Porque ao fechar o arquivo da gráfica, TODOS os acabamentos que o livro vai ter, têm que estar apontados individualmente no arquivo, ou seja: uma imagem é a arte da capa, a outra o verniz de letras, depois o relevo, e por último a parte interna.

Esse arquivo então precisa ter as marcações de corte das páginas certinhas, um espaço chamando sangria – que é uma “sobra” pra que o texto não seja cortado -, as marcas onde o corte deve acontecer, as dobras, todas as cores que serão usadas, e por aí vai… Com essas definições, é feito o cálculo de lombada do livro, que vai dizer a quantidade de milímetros da impressão e do corte. Parece trabalhoso né? E é mesmo, é quase o trabalho de um cirurgião.

O editorial manda esse material para a gráfica, e aí começam os testes e a produção de lâminas para a impressão – como se fossem a “fôrma” desse livro. Porque muitas vezes o que se vê na tela do computador, pode não ser o mesmo no papel. E aí que temos as provas. Provas são impressões prévias e sem cortes da capa e de páginas dos livros. Isso volta pra a editora conferir se tudo bate com o plano inicial, fazer ajustes de cores, de brilho, conferir se o texto tá com margens corretas, se as imagens estão nítidas, etc.

Se está tudo certo, é a hora da imposição. Esse processo é o ajuste do projeto no papel, para que tudo fique impresso direitinho e na sequência, aí quando essas chapas forem dobradas, o livro está na ordem numérica correta. Feito isso, tudo vai para o CTP (Computer to plate), onde essas informações são gravadas a laser em chapas que serão usadas nas impressoras offset. E aí sim, aquela imagem linda das máquinas rodando está pronta para começar.

Agora que você sabe o primeiro caminho do livro antes de ser impresso para o leitor, aposto que vai folhear essas páginas com ainda mais carinho. E no nosso próximo papo, vou falar mais sobre a próxima etapa, que é a impressão em si e a montagem do livro.

A pré-impressão é um processo extremamente minucioso, e que exige uma atenção maior do editorial e do designer, porque se um erro passar aqui, ele será reproduzido em larga escala, e aí meu amigo, é uma dor de cabeça danada… mas isso é assunto para outro texto.

Até a próxima coluna!

 

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