Crescemos lendo contos como Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, Bela Adormecida e Branca de Neve, mas o que muitas vezes esquecemos é que esses contos têm origens sombrias.
Muitos de nós só conhecem as versões Disney. E podemos dizer que Walt é um dos grandes responsáveis por mostrar ao mundo apenas a versão light desses grandes clássicos.
Para resgatar o passado, a Faro irá lançar livros de três dos maiores contadores de história da humanidade. Charles Perrault e Irmãos Grimm (Jacob e Wilhelm). E com um adendo muito especial, partimos da tradução do maior ativista da literatura infantil no Brasil: Monteiro Lobato.
Revisitando os contos, percebemos como alguns temas retratados, hoje em dia são considerados inapropriados. Violência, assassinato e incesto são apenas alguns dos temas que eram citados nos textos de Perrault e Grimm.
Acredito que precisamos compreender a época em que os livros foram escritos. Não podemos apagar o passado e simplesmente cancelar os contos, as obras, ou autores. E sim, podemos (e devemos) adaptá-los aos nossos tempos.
Essas histórias povoavam o imaginário infantil quando não havia sequer a ideia de TV, internet ou celular e mostram sua força atemporal ao resistir por tantos anos.
Na época em que o único entretenimento eram os livros, essas histórias eram tudo que as crianças tinham para se divertir, entender o mundo, se surpreender e (por que não?) viver a tensão, o medo de seus personagens, sorrir e sofrer com eles. Esses contos nasceram também com a finalidade de educar de forma transversal. Por meio de conceitos sociais e finais felizes, heróis e princesas mostravam virtudes. Enquanto os ambiciosos e mesquinhos tinham destinos cruéis e infames.
Nestas adaptações, buscamos um meio-termo, fugir da dicotomia do 8 ou 80. Nada da inocência casta dos contos popularizados por Walt Disney e nem versões cruéis dignas de filmes de terror. O que queremos é resgatar o encanto pelos inesquecíveis contos de fadas. E, modéstia à parte, acho que conseguimos (:
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